Dia Mundial do Refugiado - 20 de junho
Quando o nosso propósito de vida e trabalho é trazer não apenas mentorias e conteúdos técnicos às organizações, mas também informações que contribuam com o olhar mais humano e atento às agenda da Diversidade e dos Direitos Humanos presentes no “S” dos fatores ESG, na responsabilidade social empresarial, bem como em normativas e metas do desenvolvimento sustentável, impossível não trazer em pauta o DIA MUNDIAL DO REFUGIADO (20 de junho de 2023) cujo slogan de celebração deste ano é: “Esperança Longe de casa”. Um tema que pede nossa atenção para um maior comprometimento com a inclusão destas pessoas diversas.
Reforçando que todo e qualquer refugiado são pessoas/seres humanos diversos e pertencentes a grupos vulneráveis ou sub-representados, com características, histórias de vida e experiências inimagináveis por muitos de nós; importante reforçar que todas elas devem e precisam ser lembradas quando o assunto for: doação, responsabilidade social empresarial, voluntariado, programas de Diversidade, Equidade e Inclusão, planejamento estratégico (governança/ESG), gestão de pessoas (políticas/processos de benefícios, recrutamento & seleção, cotas), Agenda 2030 (compromisso mundial da sociedade como um todo, poder público e organizações em geral) cadeia de valor (cobrar dos clientes e fornecedores o olhar para estes grupos em seus contratos) e ainda os direitos humanos.
Sim, é muito trabalho a ser feito!... De acordo com António Guterres, secretário-geral da ONU, são “(..) mais de 100 milhões de pessoas que vivem em países abalados por conflitos, perseguições, fome e caos climático (...) forçadas a fugir de suas casas (...) mulheres, crianças e homens que fazem viagens difíceis e muitas vezes enfrentam violência, exploração, discriminação e abuso”.
O que está em pauta nesta agenda são “vidas”, infâncias, famílias...cujos direitos universais de dignidade, liberdade, convívio, justiça, educação, saúde, segurança, trabalho entre tantos outros princípios fundamentais dos serem humanos, foram irresponsavelmente “ceifados”. Sabemos que grandes tragédias e desastres não se reconstroem da noite para o dia, que sozinhos não conseguimos “transformar vidas”, mas sabemos que de forma coletiva podemos olhar para o nosso entorno e entender a nossa demografia, criar ou buscar dados/indicadores para conhecer melhor estes grupos vulneráveis que estão exatamente ali e precisando de “nós”. Podemos “nos ajudar a ajudar”, o “coletivo tem força” e os que já sabem o caminho do “como fazer” devem ser agentes sociais e de disseminação do conhecimento para minimizar o trabalho daqueles que ainda tem muito à aprender.
Quando isto acontece de forma responsável, através de lideranças conscientes de seu papel no mundo e na governança de suas organizações, o melhor pode acontecer! Contratar e capacitar pessoas diversas, entre elas também os refugiados é pôr em prática não só os valores e direitos universais, mas também, boa parte dos valores que estão no hall de entrada de toda organização privada e do poder público, muitas vezes “esquecidos” até mesmos pelas principais lideranças da organização.
Quais são os valores de sua organização? Valores universais de direitos humanos dizem respeito a empatia, respeito, educação, solidariedade, senso de justiça, honestidade, ética, humildade...todos eles, diretamente ligados aos princípios morais dos seres humanos. Então, quais são seus valores e o que busca com eles para reforçar o seu apoio à muitas destas pessoas que permanecem “invisíveis” para a sociedade, organizações em geral e poder público?
Sabia que o empreendedor inicia algo, muitas vezes que ninguém viu ou percebeu, e consegue transformar seu sonho em ação? Hoje é um dia e tanto para se pensar à respeito! Em um mundo globalizado, a conexão e a interdependência é planetária! Vamos empreender para a minimização das diferenças, da desigualdade e da fome? Mãos à obra!